Da Geral

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quarta-feira, outubro 18, 2006

Avalanche





Página da Revista Placar. A foto utilizada pela revista foi retirada do site ducker.com.br. Não houve autorização do site nem do autor da foto para a publicação. O nome que consta na Revista Placar está errado.

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Abaixo a reprodução do texto.



PERIGO: AVALANCHE


Inspirados nas torcidas do futebol argentino, os torcedores da Geral do Grêmio, ou Alma Castelhana, importaram para o Estádio Olímpico a tradicional animação dos hermanos: cantos de incentivo ao time, muitas faixas (chamadas de trapos pelos freqüentadores da Geral), encrencas com a polícia e... a avalanche.

A cada gol do grêmio, cerca de 5 mil torcedores desatam em correria descendo os 32 degraus até espremerem-se contra a mureta que separa a arquibancada do gramado. No começo, a avalanche era apenas um espetáculo a ser aplaudido.

Cerca de 200 malucos comemoravam os gols com um corre-corre arquibancada abaixo. Agora, são milhares. E o muro do Olímpico dá mostras de que poderá não suportar tamanha euforia por muito tempo - o estádio foi inaugurado em 1954 e jamais foi reformado. Passando pela proteção, há um fosso de quase três metros de profundidade.

Recentemente, a direção do clube providenciou escoras metálicas afim de dar maior sustentação à mureta. O Grêmio ainda estuda a possibilidade de instalar as pára-avalanches no setor. São barreiras de ferro, em forma de pequenas traves, colocadas nos degraus da arquibancada. A peça é comum nos estádios argentinos.

“o pessoal se cuida, ninguém se machuca com gravidade na avalanche”, diz um dos fundadores da Geral do Grêmio/Alma Castelhana, pedindo anonimato para não “ficar visado” pela polícia. “só tivemos um problema até hoje: um torcedor havia bebido demais e perdeu o equilíbrio na correria. Mas só quebrou o braço.”

Apesar de não ver maior perigo na avalanche, o ‘castelhano’, de 44 anos, afirma que a comemoração ficou incontrolável: “a avalanche virou cultura no Grêmio. Agora todos participam, até idosos. Não tem mais como evitar”.