Da Geral

Lembranças e depoimentos feitos por um apaixonado direto da Geral! Comentários sobre futebol e derivados.

segunda-feira, novembro 20, 2006

Morte e Vida Futebolística

Pois é, morreu o Puskas.
Com tanto jogador bichado por aí, tinha que morrer logo uma lenda... Mas não sei não, acho que lendas não morrem. Penso que só morre quem cai no esquecimento, quem nunca mais é lembrado. E para isso, basta ser medíocre. Assim sendo, tem muito jogador em atividade que morreu faz tempo.
Sabem o que os laterais Ronaldo e Zé Carlos, os zagueiros Luciano e Grotto, e os atacantes Magno e Loco Abreu têm em comum? Todos fizeram um certo sucesso no Grêmio, e todos morreram. É isso mesmo, morreram. Estão mortinhos da silva. E não só eles, tem mais um monte de jogadores zanzando por aí, e alguns ainda em atividade, mas que na realidade são zumbis que vagam pelas canchas esperando o caixão abrir para poderem cair dentro e nunca mais serem lembrados no mundo do futebol. Ainda hoje há pessoas que teimam em dizer que são jogadores e que, pasmem, estão vivos. Pobres coitados. São apenas encostos do futebol, que servem para completar o time para os jogadores de verdade poderem brilhar. Muito desses nem chegaram a nascer pro mundo da bola.
Puskas, Spencer, Foguinho, Friendenreich, Garrincha, Gessi, Everaldo, Dener, Lara, esses só morrerão quando a última bola for furada, quando a última cancha virar shopping, quando a última torcida for calada e quando o último guri trocar o futebol de rua pelo Fifa Soccer.
Lendas nunca morrem. Maradona não morrerá jamais. Nem Zico e Pelé. Nem Romário, apesar do decadente final de carreira. Nem Van Basten, Paolo Rossi, Lotar Mathaus, Zinedine Zidane e Enzo Francescoli.
Alcindo, Airton Pavilhão, André Catimba, De León, Portaluppi, Dinho, Jardel, entre outros, estarão sempre vivos na memória dos gremistas com seus gols, dribles, carrinhos, cambalhotas e cabeçadas.
A morte pertence aos mortais. Aos semi-deuses do futebol, à imortalidade.
Salve, Puskas, mais vivo do que nunca.