Da Geral

Lembranças e depoimentos feitos por um apaixonado direto da Geral! Comentários sobre futebol e derivados.

sábado, dezembro 30, 2006

Abraços do Pai

Este é meu sentimento,
E não poderia ser diferente,
Ver um filho ganhar o mundo,
Deixa um pai sempre orgulhoso e contente!

23 anos ensinando passo a passo.
Relembro hoje neste dia, tudo que passastes.
Para chegar aqui .... como teu pai já o fez!

Anos difíceis de convivência.
Lembro do teu semblante, quando ganhastes, uma bicicleta.

Quando a "Juventude" atrapalhava teus passos e teus sonhos, que por vezes morriam pela "Boca"...fui eu que lhe ensinei, com bons exemplos, que bem verdade, muitas vezes até eram ignorados por ti, e talvez só por isso demorastes tanto para chegar aqui, no caminho do mundo, mas um pai releva tudo isso, sempre!

Sempre soube que o filho rivalizaria com o pai buscando provar seu valor, e buscar seu espaço... Mesmo que para isso tenha que fazer igualzinho a ele.

Relembro do teu choro, quando por vezes papai viajava a trabalho pelo mundo, e deixava-te no quintal de casa, cuidando de coisas pequenas.

E Voltando com novas lições. Sempre trazia uma lembrancinha.
E hoje vejo que não foi em vão, aquelas surras que levastes quando guri, serviu-te para que hoje, possas dizer, que acima de tudo, tens um pai orgulhoso, para que possas cantar que o teu pai é o maior...

Foi em casa, que aprendestes a lição mais valiosa para hoje chegar ao mundo como o teu velho o fez, e mesmo sem um muito obrigado...
Nem mesmo um simples obrigado......
Posso ver nos teus olhos, la no fundo...
Coisa que só pai vê no olhar do filho...
Que acima de tudo, tu tens orgulho do teu velho,
ah, e avisa tua mãe, que ano que vem vou viajar pro Japão de novo,
agora já estas grandinho para ficar solito,
mas prometo-lhe, te trago uma lembrancinha de lá...novamente.

Abraços do teu pai,

GRÊMIO FOOTBALL PORTO ALEGRENSE.

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segunda-feira, dezembro 18, 2006

Mundial


Que se tirem os trapos azuis das janelas e que se coloquem os 'trapos negros'.
O meu já está lá.
Ps.: Só tenho pena da taça, que vai ser forçada a passar um ano inteiro na beira do lago.

quinta-feira, dezembro 14, 2006

Patrola

Novo reforço da zaga do Grêmio para conquistar a Libertadores 2007. Já que o negócio com o tal Schiavi parece que melou, vamos de trator mesmo.
A 'Patrola Tricolor' está de volta.

quarta-feira, dezembro 13, 2006

Sci vs Al halalii

Balanço da partida Sci x al laali (hal-halalii, au rali, wol raly, sai láííí), segundo os matemáticos do Vacavoando.

Haja coração..."6 vezes"
Olha o menino Pato..."7 vezes"
A grama é baixa "8 vezes"
Sai que é sssssua Clemer..." 7 vezes"
Iarley já foi campeão do mundo "4 vezes"
É um sonho colorado ser campeão do mundo "8 vezes"
Paulo 'Cesar' Falcão "2 vezes"

Mandinga Azul

Sei lá, mas vai que isso traz sorte pra 'eles'. Pelo sim, pelo não, preferia que a cor usada por 'eles' fosse a vermelha, tradicionalmente perdedora.
Aposto que algum batuqueiro disse pro povo da baira do lago que deveriam usar uma cor mais vitoriosa, como a da seleção italiana e do Grêmio.
Tudo bem, desde que devolvam o Trovão Azul depois do mundial.




Ah, já ia esquecendo... tentei dar uma secada hoje de manhã, mas o timinho do egito é muito ruim, e o tal de Flávio parece o Serjão, atacante da segundona gaúcha.

segunda-feira, dezembro 11, 2006

Pra Sempre, Mundial

Como diz a música da Geral:
'Dá-lhe Renato...Portaluppi, meu coração não para de cantar /
com dois golaços...de Portaluppi, Grêmio pra sempre Campeão Mundial.

Hoje faz vinte e três anos da gloriosa conquista do mundial interclubes, título que já foi menosprezado e maltratado por quem, atualmente, vende a alma para conquistá-lo.
Parabéns, Grêmio, pelos 23 anos da vitória do Japão.
Parabéns torcida tricolor, que desde 83 não cansa de bater no peito e de repetir a célebre frase de Yuri Gagarin: "A Terra é azul".
E como diz o hino do mundial, NADA PODE SER MAIOR.

Hino do Mundial Interclubes
'Oitenta anos de glória, de garra, de luta e emoção/
Marcaram a grande vitória, do nosso time no Japão/
A Terra se encheu de azul quando assistiu o Furacão/
Cheio de força que é o Grêmio, o nosso Grêmio do coração/
Pra cima, Vai pra cima Tricolor. O Grêmio é Campeão do Mundo, nada pode ser maior/
Pra cima, Vai pra cima Tricolor. O Grêmio é Campeão do Mundo, nada pode ser maior/
Grêmio, Grêmio. Nós somos campeões do Mundo - Nada pode ser Maior'



















"... o Grêmio é campeão do Mundo, nada pode ser maior"

sábado, dezembro 09, 2006

Ranking CBF

Grêmio segue lider do ranking da CBF

O Departamento Técnico da Confederação Brasileira de Futebol divulgou, nesta quinta-feira, o ranking oficial dos melhores clubes brasileiros.
O Grêmio segue na liderança com 1.923 pontos, seguido pelo Corinthians, com 1.891.
Confira abaixo a relação dos dez primeiros e as determinadas pontuações:

1º - GRÊMIO: 1923 pontos
2º - Corinthians: 1891 pontos
3º - Vasco: 1875 pontos
4º - Flamengo: 1860 pontos
5º - São Paulo: 1819 pontos
6º - Atlético MG: 1810 pontos
7º - Palmeiras: 1784 pontos
8º - sci: 1753 pontos
9º - Cruzeiro: 1717 pontos
10º- Santos: 1590 pontos

O Grêmio foi campeão brasileiro em 1981 e 1996 e campeão da Copa do Brasil em 1989, 1994, 1997 e 2001.

Fonte: site oficial do Grêmio.

quarta-feira, dezembro 06, 2006

Indicados




O Lucas (o alemão cabeludo, pra quem não conhece) ficou com o prêmio de melhor volante e, de quebra, melhor jogador do campeonato.
O Mano Menezez (com um 'ene' só) ficou com o bronze entre os técnicos.

segunda-feira, dezembro 04, 2006

Grêmio Copero

Livremente inspirado no blog Linha Burra. Lavoisier já nos ensinava, no séc. XVIII que nada se cria, tudo se transforma.

Desde sempre afirmo que o Grêmio é um time copeiro, ou no linguajar gremista, copero. Muitas pessoas já tentaram me convencer de que todo time é copeiro, pois todo time disputa copas. Só que copero é um pouco mais que isso. Ser copero não é só participar de campeonatos, mas lutar por eles, estar sempre inconformado com a não-vitória e fazer dos ‘trapos’, coração para sagrar-se campeão. É não aceitar a derrota, mesmo que inevitável, e se ela vier, vendê-la bem caro, abaixo de muita luta e suor.

Como eu digo sempre antes de um jogo decisivo, se Deus estiver a favor do Glorioso Tricolor, que nos dê uma boa vitória; agora, se estiver contra nós, Ele que se prepare pra uma peleia danada.

Claro que o Grêmio já perdeu jogos fáceis. Se não fosse assim, não teria caído para a segundona duas vezes. Mas copero é assim mesmo. Por conhecer tão bem o céu e o inferno é que valoriza tanto a vitória. O Eduardo Peninha Bueno, em seu livro ‘Nada Pode Ser Maior’ sugeriu que o Grêmio ganhasse o título da segunda divisão e se negasse a subir pois, segundo ele, é lá que se joga futebol de verdade.

Agora vejam esse comentário após o jogo do Estudientes, contra o Sporting Cristal, pela Libertadores 2006, na virada do time argentino por 4x3. Ele foi publicado na página Pincha Pasion. Detalhe: o Sporting Cristal saiu ganhando por 3x0.
“O time peruano cada vez mais recuado, não chegava a área do Estudientes e só pensava em segurar a diferença, que nesse momento era de apenas um gol, e como não podia deixar de ser, chegou com o empurrão de todos: dentro da ‘fumaceira’, desviando em um peruano e o ‘tanque’ Pavone mandou a bola para o fundo da rede. Nesse momento muita gente se lembrou da façanha de 83 diante do Grêmio e vieram muitas recordações de noites coperas.”

Recordações de noites copeiras: sei bem o que é isso.

Dia desses eu estava em um loja folhando alguns livros, enquanto a patroa fazia compras, e me deparei com o Dicionário Popular de Futebol, o ABC das Arquibancadas, de Leonam Penna. É uma espécie de enciclopédia, com palavras e expressões futebolísticas. Não me contive e fui direto ver como os cariocas definem copeiro.
"Copeiro - Time que está sempre decidindo o título de copas. No brasil GRÊMIO e Cruzeiro têm famas de times copeiros."

O vídeo abaixo é uma mostra do que é ser copero, e uma homenagem à volta do ‘Grêmio Copero’ à Libertadores.

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sexta-feira, dezembro 01, 2006

Repetindo 1950: Crônica de uma tragédia



Fonte: Ducker

Repetindo 1950: Crônica de uma tragédia

Nasci em 52, mas estive na final de 50.
Publicado em 29.11.2005 no Jornal do Commércio do Recife

Por ANTÔNIO AZEVEDO*

"Finalmente, sei o que sentiram os 200.000 brasileiros que estavam no Maracanã, em 1950 (Brasil 1 x 2 Uruguai). Vivo no Recife há cinco anos e aqui redescobri o ambiente de futebol que vivi em São Paulo nos anos 60, e como bom santista não tenho outro time a não ser o meu.
Entretanto, pelo ambiente familiar que reina nas ruas e nos estádios daqui, vou freqüentemente aos jogos dos times locais. No sábado optei pelo jogo dos Aflitos. Provavelmente eu era o único entre os 21.950 torcedores do Náutico que não vestia a camisa alvirrubra, os outros 50 vestiam a do Grêmio. Sem entrar em maiores detalhes da partida, conhecidos por todos (vitória do Grêmio por um a zero, gol do menino Anderson, após expulsão de quatro de seus jogadores e após defesa de pênalti decisivo a favor do Náutico momentos antes pelo goleiro do Grêmio, Galatto - nota do editor), eis o que presenciei: durante os 25 intermináveis minutos de paralisação: os torcedores rezavam, andavam de um lado para o outro, sentavam, levantavam e vibravam a cada nova expulsão. Eu torcia para que houvesse mais uma e acabasse o drama. Sim, o drama, pois via os jogadores do Náutico se portando como os torcedores e temia pelo desfecho, pois o técnico, como todos lá presentes, também sem controlar as suas emoções, em nenhum momento reuniu a equipe e montou uma estratégia para os 10 minutos restantes, para usar com a vantagem de quatro jogadores.
De repente, pegaram a minha mão esquerda, era um menino de nove anos, que me disse que daria sorte. Quase simultaneamente um senhor fez o mesmo com a minha mão direita, a corrente espalhou-se pelo estádio, e quando olhei para a área do Náutico, o zagueiro Batata, o goleiro e mais outro jogador estavam ajoelhados e também de mãos dadas, rezando. Quando houve a defesa do pênalti, Kuki e outros jogadores se jogaram ao chão em desespero.
Na verdade, o time e a torcida prepararam-se psicologicamente para uma decisão naquele pênalti, esquecendo que ainda havia preciosos 10 minutos a jogar, com 11 alvirrubros contra sete gremistas. Logo a seguir, a torcida foi tomada por um sentimento de desespero, impotência e frustração jamais vista por mim em nenhuma outra situação: vi vovôs, vovós, garotos, garotas e crianças chorando copiosamente, sem saber o que fazer. Vi inúmeros torcedores falando sozinhos, clamando a Deus o porquê daquilo, gente na rua, que de repente, dava meia-volta em direção ao estádio, como se fosse possível voltar o tempo, vi gente andando e sem mais nem menos, de repente, parar, sentar no meio-fio e começar a chorar, vi inúmeros amigos amparando outros em tentativas inúteis de consolo e, sem sucesso, juntavam-se num abraço sofrido e vi muitos outros alvirrubros sentados e sem força para sair do estádio, pois não sabiam para onde ir e nem o que fazer...
Eu que tanto li e ouvi a respeito da comoção do Maracanã e que, na década de 60, na minha primeira visita a esse estádio sentei na arquibancada vazia e fiquei imaginando aquele fatídico dia, hoje posso afirmar: eu, que nasci em 1952, também estive naquela final de 1950!"
*Antonio Azevedo é paulista

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