Da Geral

Lembranças e depoimentos feitos por um apaixonado direto da Geral! Comentários sobre futebol e derivados.

quinta-feira, novembro 04, 2010

Iura, o passarinho

Os dois textoa abaiso são uma breve homenagem ao "maior gremista que já existiu"

Júlio Titow de nascimento. Iura de alcunha. Sobrenome: Grêmio. Portoalegrense como nós. Parabéns, Iura, por mais esta data.

Texto retirado do site Finalsports, por Roberto Mosmann


Iura, o passarinho.

Gosto de escrever minhas memórias sobre os "Deuses da Raça Gremista" (talvez, o maior deles tenha sido Júlio Titov, O Iura!) e também sobre as histórias que vi ou ouvi de gente próxima, do nosso Grêmio. Tenho feito isso nos textos dos "findis". São depoimentos pessoais. Ah! Aos (poucos e anônimos) colorados que gostam de compartilhar meus textos para "tentar me detonar", só uma correção: não sou um escritor gremista. Sou um gremista que escreve. É diferente. Não há pretensão literária em meus textos. Só emocionais. No resto, tudo bem...
Iura foi um caso raro de jogador que saiu direto da várzea para os profissionais de um grande clube. Até os 19 anos, jogava no Itapeva, da Vila Floresta/POA. Em 1972, vi a estréia de Iura no Grêmio. Foi pelo Campeonato Nacional, contra o Palmeiras, no Olímpico. Não um Palmeiras qualquer, mas A ACADEMIA DO PALMEIRAS: de Ademir da Guia, Leivinha, César, Luis Pereira, Leão & Cia. Iura entrou no segundo tempo, fez o gol da vitória e não saiu mais do time.
Iura era um jogador moderno até para os dias de hoje. Alto, magro (franzino até, o apelido era "Passarinho"), tinha um pulmão e uma vitalidade impressionantes. Era meia-atacante, mas defendia, armava e atacava com igual intensidade. Ah! E fazia gols. Muitos gols. Valeria uma fortuna para a Europa hoje.
E o bom é que Iura era gremistão, chorava pelo Grêmio. Sua característica com a bola era seguir em linha reta em direção ao gol (tipo Kaká). Não tinha essa de ficar dando passezinho para o lado. Só que um jogador vertical assim tende a errar mais. Como eram épocas em que o Inter tinha um timaço e ganhava tudo, a torcida gremista começou a pegar o pé de Iura. E até a vaiá-lo. E ele, claro, sofria com isso.
Até que, num Gre-Nal de 1975, aconteceu um lance que mudaria a trajetória de Iura no Grêmio. Passou de maldito a ídolo e símbolo da raça gremista. O volante do Inter era um cara extremamente forte: Caçapava. Junto com Falcão e Carpegiani, mandava no meio-campo. Seria um meio-campo pra qualquer time do mundo. Pois bem, o tal Caçapava já NASCEU lendário como o marcador mais duro do futebol brasileiro. Muita gente boa tirou o pé pra não dividir com Caçapava. Era risco de vida! Justiça seja feita: era um baita volante! Sabia jogar futebol também. Mas veio o tal Gre-Nal. O jogo estava duro, como costumam ser todos os Gre-Nais. E de repente, uma bola fica solta no meio-campo. Dois jogadores partem em direção a ela. Iura pelo Grêmio e Caçapava pelo Inter. Nenhum dos dois era de "arregar", mas a diferença física era brutal. E dividiram. A prensada que deram na bola parecia uma colisão de automóvel. Quando todos levantaram os olhos para ver o que tinha sobrado do Passarinho e, bah, surpresa: Iúra corria em pé, solto, rápido, levando o Grêmio para o ataque. No campo, inerte, jazia o gladiador Caçapava. A consagração foi quando entrou a maca para retirá-lo, com contratura muscular. Daquele dia em diante, Iura nunca mais foi vaiado. Pelo contrário: foi muito, muito aplaudido.
Um dia, ouvi Iura explicar o lance e dizer: "Caçapava era muito mais forte do que eu. Mas ele não sentia pelo Inter a mesma vontade de vencer que eu tinha pelo Grêmio. No lance, venceu a minha vontade!". Vontade de vencer pelo Grêmio! Jogadores com este espírito é que o Grêmio precisa!
Muitos preferem lembrar outro Gre-Nal em que Falcão deu um chapéu no Iura e (claro!) foi "levantado" por este. Com a "catega" dos grandes craques, Falcão levantou-se rapidamente e já o fez estendendo o braço e mostrando a bola para Iura. Iura, que se afastava, voltou e, com a "catega" dos Deuses da Raça Gremista, disse: "enfia essa bola no..., Falcão."
Em 1977, Iura marcou o que até hoje é conhecido como o gol mais rápido da história dos Gre-Nais: O GOL DOS 14 SEGUNDOS. Pois é um golaço. Quatorze segundos foi o tempo que Iura, Tadeu Ricci, Eder e André Catimba levaram para tocar a bola com força e rapidez. Desviando-se das porradas coloradas. E Iura, na cara de Manga, encobriu-o aos 14 segundos do primeiro tempo. Um gol de Iura. Um gol com cara de Grêmio! Assisti a este gol atrás da outra goleira e juro que fiquei uns 3 minutos esperando pra ver o replay. Golaço-aço! A gente nem acreditava que tinha acontecido e visto.
Ao final de 1979, com sérios problemas no joelho, Iura saiu do Grêmio e foi para o Criciúma. Em meados de 1980, o Inter o contratou. No dia da coletiva para apresentá-lo, a imprensa e a torcida colorada deram a camiseta do Inter para ele vestir. Ele olhou pensativo, chamou o presidente colorado José Asmuz, pediu desculpas e disse: "Olhe, presidente, me desculpe, mas não vai dar! Não posso trair meu passado". E abandonou o futebol, sem vestir a camisa vermelha!
Hoje, Iura é conselheiro do Grêmio. Não é mais o Passarinho (está enorme). Mas é um Deus da Raça Gremista! Eterno! Este texto é, humildemente, dedicado a ti, Grande Iura! Tua dedicação ao nosso Grêmio me ajudou a suportar melhor os anos de "vacas magras".


Texto de David 'sci' Coimbra Carradine, retirado daqui.

O Velho Ídolo

Um dia, o meu amigo Jorge Barnabé entrou nas arquibancadas de pedra do Olímpico levando o filho pela mão e, antes mesmo de se instalar, viu quem havia tempo queria ver. Deu um puxão no braço do menino:
- Filho, aquele lá é o Iúra! O Passarinho!
Importante para o Jorge mostrar ao filho quem era Iúra. Ele sempre falava do Iúra, o maior ídolo da sua adolescência, tempo em que se formam os ídolos. Por isso pediu:
- Vai lá falar com ele, filho. Pede um autógrafo.
O menino olhou para o senhor gordo sentado a uns 10 metros de distância e vacilou. O Jorge insistiu:
- Vai! É o Iúra. O Passarinho!
Era até curiosa tanta admiração. Porque Iúra nunca foi um esteta da bola. Bom jogador, mas longe ser um Rivellino, um Zico. Compensava a falta de virtuosismo com empenho. Corria o tempo inteiro, o campo inteiro. Perdia 3 quilos por jogo. Favorecia-o a compleição física. Tratava-se de um magro clássico: alto, pernas longas, ombros estreitos. Donde o apelido de Passarinho.
- É o maior gremista que já existiu! - disse o Jorge, já empurrando suavemente as costas do menino, que ainda hesitava.
De fato, o que fazia o Iúra entrar nas chuteiras a cada domingo era o amor pelo clube, manifestado, sobretudo, nos Gre-Nais. Era um tempo de Gre-Nais colorados. O Inter havia construído o maior time da sua história, com Falcão, Figueroa e outros torturadores de goleiros inimigos. Iúra lutava contra eles como se estivesse defendendo a pátria da invasão da Wehrmacht.
Em um Gre-Nal de meio de turno, Falcão enfiou-lhe a bola entre as pernas. Iúra não deixou que completasse a janelinha: aplicou uma voadora no volante do Inter. Falcão caiu, levantou e, irônico, colheu a bola do chão e a ofereceu a Iúra. A torcida do Inter uivou de prazer. Vinte minutos depois, Iúra driblou Falcão, que o derrubou. Foi um drible simples, não uma “caneta”. A falta também foi simples, nada parecida com uma voadora. Mas Iúra não perdeu a chance de devolver o sarcasmo: juntou a bola da grama e a estendeu a um Falcão arquejante. Foi a vez de a torcida do Grêmio bramir na arquibancada.
Era assim em todos os Gre-Nais, até que finalmente o Grêmio superou aquele grande Inter, em 1977. Neste ano de redenção, Iúra ingressou na posteridade: marcou o gol mais rápido da história centenária dos Gre-Nais, aos 14 segundos de jogo.
Nos anos 80, Iúra encaminhou o encerramento da carreira. Transferiu-se para o Criciúma, 400 Km ao norte do Olímpico. Foi lá que os dirigentes colorados o procuraram. Ofereceram-lhe uma pequena fortuna para jogar no Inter. Ele aceitou, não havia como não aceitar. Foi ao Beira-Rio. Fez exames médicos. Assinou contrato. Deram-lhe a camisa vermelha para apresentar-se à imprensa. Iúra respirou fundo. Tomou a camisa. Preparou-se para enfiá-la pela cabeça. E parou. O coração bateu fora de compasso. A garganta se lhe fechou. Iúra balbuciou:
- Não consigo botar esta camisa!
E afastou-a de si, e foi-se do Beira-Rio. Pouco tempo depois, abandonou o futebol. Tornou-se conselheiro do Grêmio e vive a dizer que seu sonho é ser presidente do clube.
O Jorge repetiu essa história dezenas de vezes para o filho, e agora ele estava lá: Iúra, o Passarinho. O menino olhou para aquele senhor obeso, sentado atrás do bigode, respirando com a dificuldade dos homens grandes demais. Mal cabia na cadeira, tão redondo estava.
- O Passarinho! - insistia o Jorge, e o menino obedeceu. Avançou em direção ao velho herói da infância do pai. A meio caminho, parou. Olhou por sobre o ombro. O Jorge sorria, incentivando-o com a cabeça: “Vai!”.
Ele foi. A metro e meio de Iúra, estacou, os braços ao longo do corpo. Iúra girou a cabeça, fazendo balançar a papada do pescoço. Sorriu para o menino. E o menino para ele:
- O senhor é que era o Iúra?
Não, o tempo não para nem para os titãs.

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sábado, agosto 28, 2010

Club Brugge

Tá lá no Bola Dividida, de 28/08/2010.

"Parece que os mesmos designers da Puma que criaram a camisa do Grêmio estagiaram na Bélgica nesta temporada. As coincidências entre os desenhos dos uniformes do time gaúcho e do Club Brugge, uma dos mais tradicionais do país, fundado em 1891, são surpreendentes. Entre seus fãs, o Brugge é conhecido como os “azuis-negros”. Mas a atual camisa dos belgas é uma grande novidade." Luiz Zini Pires

A torcida também, bem que se parece a Geral, em dia festivo, como mostra a foto abaixo.

Até as camisas brancas são parecida. Os designers da puma poderiam ter tido um pouco mais de respeito com o Grêmio e com os belgas. Mas futebol, hoje em dia, é isso aí. Marketing e dinheiro. Amor (e respeito) à camisa não existe mais.
A foto de cima é a do clube belga, a de baixo do glorioso tricolor.

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quarta-feira, agosto 25, 2010

Somos Tri

Há muito tempo que quero escrever sobre isso, mas foi a curiosidade do FERREAVOX que me fez sair da zona de conforto (diga-se poltrona) e vir escrever essas linhas.

A rivalidade Grenal já produziu muita festa bonita e muita briga de faca. Já se fez várias cornetas inteligentes e demasiadas piadas grosseiras. Já ri com o Kenny Braga dizendo que o Inter perderia pro Barcelona e chorei abraçado com o Sant'ana que afirmava que o Ronaldinho entregaria aquele jogo.
A rivalidade Grenal já dividiu famílias, empresas, bairros e cidades. Ainda dividirá a província. Já houve colorado secando a seleção do Felipão e gremista secando a do Dunga (sabemos quem venceu, hehe). Mas tem algo que vem da rivalidade Grenal, e que muita gente não se dá conta. Reza a lenda que a gíria TRI, tão cara as gaúchos, vem dessa rivalidade, lá dos anos 70.
Na época, o Grêmio teve seu melhor jogador convocado para a seleção brasileira, que venceu a copa do México. A seleção contava ainda com Jairzinho, Carlos Alberto Torres, Gersón, Tostão, Rivelino e Pelé, entre outros. Nunca um jogador em atividade no Rio Grande tinha sido campeão do mundo. Assim, Everaldo foi reverenciado por essas bandas, desfilando em carro de bombeiro e ganhando uma estrela só pra ele na bandeira do Imortal.

Era tanta festa no sul, que parecia que o Grêmio tinha sido campeão. Assim, os gremistas se consideravam campeões do mundo, ou melhor, Tri-Campeões.
Na velha rivalidade, quando um colorado se gabava de seu time, o gremista já gritava: eu sou TRI, em alusão ao título conquistado por Everaldo.
Bem, isso aconteceu em 1970, e durou até 1979, quando o Inter conquistou o tricampeonato nacional, sendo o último de forma invicta, quando os colorados também passaram a se considerarem TRI, pois eram tricampeões brasileiros.

Da rivalidade Grenal (e das conquistas do Everaldo e do Inter) nasceu a expressão "TRI", usada pelos gaúchos para superdimensionar algo ou alguma característica. Não basta ser legal, tem que ser tri-legal. Não basta ser gremista, tem que ser tri-apaixonado pelo Grêmio. Não basta ser campeão, tem que ser Tricampeão.
Assim, toda a pessoa (ou feito) que seja legal é considerada TRI.
Tal qual o Grêmio e o Inter.

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segunda-feira, outubro 19, 2009

La Cele, La Cele, La Celeste!

A foto e o comentário logo abaixo dela foram publicados por Charles Hansen, no Grêmio Copero.
Confesso que me emociona ver o jogador exaltando seu clube preferido na seleção. Seria como ver o Cristiano Ronaldo vestindo a camisa do, do... sei lá, ou o Kaká na seleção com a camisa do Real (ou do Milan, que ele jura amor, ou do São Paulo, ou da Renascer). Pensando bem, muito difícil que isso aconteça nos dias de hoje. Gostaria de ver o Victor ou o Andershow na seleção fazendo justas homenagens ao Grêmio. Algo assim não acontece atualmente por que já não existe identificação com os clubes.
Dia desses o programa Esporte Amador, da RBS, fez uma matéira com a gurizada das categorias de base do S.C.I., nos alojamentos do Beira-Rio. Um dos garotos disse que está há dois anos naquele clube, e sonha em se profissionalizar para poder jogar na Europa. Infelizmente, esse é o pensamento que não sai da cabeça da maioria dos jogadores: Europa, dinheiro, fama.
O Ronaldinho Gaúcho, antes de um jogo pela Copa do Mundo de 2006 entrou em campo com uma fita de cabelo (estilo tiara) mostrando a marca do seu patrocinador. Quando foi tirar a foto oficial com o time, ele estava com outra fita, de outra cor. Ao retornar do intervalo, já usava a terceira faixa diferente, mas sempre com o logo da miltinacional americana em destaque. A grande preocupação dele era mostrar a 'marca', faturando mais ainda para a empresa e para ele. Concentração no jogo, para quê? O Din-din já estava garantido.
Por isso fico emocionado ao saber que "El Capitan", ao comemorar o título uruguaio da Copa Ouro de 81, estava vestindo o manto tricolor. São demonstrações assim que fazem um jogador virar ídolo, e é por isso que De Leon, a mais de 25 anos é exaltado no Estádio Olímpico.

"Recebi do Irineu Staub esse material por e-mail. Não resiti, tive que publicá-lo. Hugo de Léon levantando a taça da Copa Ouro de 1981 - sediada no Uruguai - com a camiseta Tricolor. Salve Hugo De Léon, nosso comandante da primeira libertação da América. " Charles Hansen

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sexta-feira, outubro 02, 2009

Invencibilidade no Olímpico

Faz um ano que o Glorioso Tricolor não sabe o que é derrota quando joga no seu estádio, junto a sua mítica torcida. O Clic RBS fez um slide com comentários sobre estes últimos doze meses de supremacia do Grêmio jogando em casa. Abaixo está o texto que foi publicado, junto com fotos retirados do DUCKER.

Um ano de Invencibilidade do Grêmio no Olímpico
O Grêmio mantém um ano de invencibilidade no Olímpico. No dia 13 de setembro de 2008 ocorreu o último tropeço em casa: derrota por 2 a 1 para o Goiás pelo Brasileiro. O Tricolor saiu na frente com um gol de Léo, mas Paulo Baier e Paulo César decretaram a vitória do rival. Na ocasião, o time liderava o Brasileiro com seis pontos de vantagem para o segundo colocado de então, o Palmeiras.
Desde lá foram 35 jogos no Olímpico – 25 vitórias e 10 empates. O único jogo que o Tricolor perdeu como mandante nesse período foi o Gre-nal 374, 2x1 para o Inter. Mas a partida foi disputada no Estádio Colosso da Lagoa, em Erechim.





Brasileirão 2008

04/10 – Grêmio 2 x 1 Botafogo – Gols: Renato Silva (B), Douglas Costa (G) e Réver(G)
08/10 – Grêmio 2 x 0 Santos – Gols: Morales (G) e Soares (G)
23/10 – Grêmio 1 x 0 Sport – Gols: Reinaldo (G)
02/11 – Grêmio 1 x 1 Figueirense – Gols: Marquinho (F) e Reinaldo (G)
16/11 – Grêmio 2 x 1 Curitiba – Gols: Tcheco (G), Alê (contra) e Ariel (C)
07/12 – Grêmio 2 x 0 Atlético MG – Gols: Tcheco (G) e Soares (G)





Grêmio 2 x 0 Atlético MG - Valia o título de campeão Brasileiro 2008. No entanto, o Tricolor não dependia apenas de si para ficar com a taça, além de vencer o Atlético-MG, precisava torcer por derrota do São Paulo para o Goiás. O que não ocorreu: o Tricolor gaúcho derrotou o Galo por 2 a 0 com gols de Tcheco e Soares, mas no Serra Dourada Borges balançou as redes e o time de Muricy Ramalho bateu o time da casa por 1 a 0, conquistando a taça. Ao final da partida, a torcida ficou de pé no Olímpico e aplaudiu o time. Tcheco, o mais emocionado de todos, chorou e fez a volta no campo.
“ – Sou muito grato por jogar em um clube que perde o título e a torcida faz uma festa dessas, não há dinheiro que pague isso. Quando a gente vai renovar contrato, pensa em tudo isso. É muito bom jogar aqui” – disse o meia.


Gauchão 2009

30/03 – Grêmio 2 x 0 São Luiz – Gols: Makelelê (G) e Reinaldo (G)
18/03 – Grêmio 6 x 1 São José P.A. – Gols: Tcheco (G), Léo (G), Jonas (2-G), Fabiano (SJ), Fábio Santos (G) e Maxi López(G)
05/03 – Grêmio 1 x 1 Ypiranga – Gols: Jonas (G) e Sharley (y)
27/02 – Grêmio 1 x 0 Veranópolis – Gols: Reinaldo (G)
21/02 – Grêmio 2 x 0 Juventude – Gols: Alex Mineiro (2-G)
17/02 – Grêmio 3 x 0 Brasil de Pelotas – Gols: Herrera (G), Makelelê (G) e Orteman (G)
12/02 – Grêmio 2 x 0 Juventude – Gols: Ruy(G) e Souza (G)
24/01 – Grêmio 5 x 0 Esportivo – Gols: Ruy (G), Souza (G), Jonas (G), Alex Mineiro (G) e Tcheco (G).


Grêmio 6 x 1 São José P.A. - Ao lado da goleada de 5 a 0 em cima do Esportivo na estréia, o 6 a 0 sobre o São José-PA foi o maior placar do Grêmio em casa no Gauchão 2009. A partida ficou marcada pelo primeiro gol de Maxi López com a camisa Tricolor. Aos 41 minutos do segundo tempo, Souza cobrou falta perto da grande área, a bola rebateu em Luiz Muller, e na sobra o argentino não desperdiçou – tirou do goleiro e confirmou.


Libertadores 2009

25/02 – Grêmio 0 x 0 Univ. Chile
07/04 – Grêmio 3 x 0 Aurora – Gols: Rafael Marques (G), Maxi López (G) e Réver (G)
28/04 – Grêmio 3 x 0 Boyacá Chicó – Gols: Souza (2-G) e Léo (G)
13/05 – Grêmio 2 x 0 San Martin – Gols: Jonas (G) e Herrera (G)
17/06 – Grêmio 0 x 0 Caracas
02/07 – Grêmio 2 x 2 Cruzeiro – Gols: Wellington Paulista (C), Réver (G) e Souza (G)




Grêmio 0 x 0 Univ. Chile - O Grêmio não saiu do zero a zero na estréia da Libertadores, mas empolgou os gremistas no Olímpico com as diversas chances de gols criadas. Uma das oportunidades mais claras ocorreu aos 19 minutos do segundo tempo. Alex Mineiro entrou na área, driblou o goleiro e chutou. Um jogador chileno cortou na frente da meta.
Mesmo com o empate, o time deixou uma boa impressão para a arrancada na Libertadores.




Grêmio 2 x 2 Cruzeiro - A força no Olímpico foi a esperança tricolor para fazer 2 a 0 no cruzeiro e avançar à final da Copa Libertadores. No entanto, o time chegou apenas ao empate, insuficiente para se classificar. A raposa saiu na frente, com dois gols de Wellington Paulista. Mesmo com poucas chances, o Grêmio se manteve na luta e igualou o escore com Réver e Souza. A vaga estava perdida, mas a invencibilidade se manteve.


Brasileirão 2009

10/05 – Grêmio 1 x 1 Santos – Gols: Réver (G) e Molina (S)
24/05 – Grêmio 2 x 0 Botafogo – Gols: Jonas (G) e Fábio Santos(G)
04/06 – Grêmio 3 x 0 Náutico – Gols: Souza (2-G) e Maxi López (G)
20/06 – Grêmio 2 x 2 Goiás – Gols: Felipe (GO), Tcheco (G), Felipe Menezes (GO), Maxi López (G)
05/07 – Grêmio 4 x 1 Atlético PR – Gols: Maxi López (2-G), Herrera (G) . Rafael Moura (at
12/07 – Grêmio 3 x 0 Corinthians – Gols: Rafael Marques (G), Alex Mineiro (G) e Jonas (G)
19/07 – Grêmio 2 x 1 Inter – Gols: Souza (G), Maxi López (G) e Nilmar (i)
25/07 – Grêmio 3 x 2 Santo André – Gols: Rafael Marques (G-2), Souza (G), Antônio Flávio (S), Ricardo (S)
02/08 – Grêmio 4 x 1 Cruzeiro – Gols: Réver (G), Tcheco (G), Jonas (G), Maxi López (G), Wellington Paulista (C)
16/08 – Grêmio 4 x 1 Flamengo – Gols: Perea (G), Réver (G), Jonas (2-G), Everton Silva (F)
23/08 – Grêmio 4 x 1 Atlético MG – Gols: Réver (G), Perea (G), Souza (G), Jonas (G), Evandro(AM)
05/09 – Grêmio 1 x 1 Vitória – Gols: Jonas (G) e Neto Berola (V)
20/09 – Grêmio 5 x 1 Fluminense – Gols: Adeílson (G-contra), Tcheco (G), Souza(G), Kiesa (F), Cássio (G-contra) e Jonas (G)
04/10 – Grêmio 3 x 3 Sport – Gols: Jonas (G), Maxi López (G-2), Vandinho (GO), Paulinho (GO) e Fininho (GO)



Grêmio 2 x 1 Inter - Após sete clássicos sem saber o que era vitória, o grêmio legou a melhor no Gre-nal dos 100 anos. Nilmar abriu o placar e deixou a torcida apreensiva no Olímpico. Porém, a história foi outra.: Souza, em cobrança precisa de falta, e o xodó da torcida, Maxi López, de cabeça, decretaram a virada. Foi o primeiro Gre-nal vencido pelo técnico Paulo Autuori.




Grêmio 4 x 1 Flamengo - O placar foi de goleada, mas o grande destaque do Grêmio na partida esteve na defesa. O goleiro Vitor não deu chances para o Imperador Adriano, fechou a meta e realizou pelo menos seis grandes defesas que determinaram a vitória. Os companheiros também fizeram sua parte: Perea, Réver, e Jonas (2) marcaram os gols. Já Everton Silva balançou as redes para o Flamengo. Logo após essa grande atuação, o camisa 1 tricolor foi novamente convocado para a seleção brasileira.

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quinta-feira, junho 14, 2007

E não foi dessa vez


É, parece que ontem não foi o dia de sorte do Grêmio, que mesmo jogando bem, trouxe pra casa uma difícil tarefa: golear o Boca.
O Grêmio jogou com naturalidade na ‘Bombonera’, não se assustando com o clima hostil da cidade, com a torcida barulhenta nem com o time ‘xeneize’, mas fez pouco pra quem almeja ganhar a Libertadores e disputar o Mundial. Teve apenas um chute a gol, que resultou num rebote em que o Diego Souza se atrapalhou com a bola. De resto, o Grêmio pressionou sem levar perigo.
O Boca, ao contrário, não conseguiu fazer a pressão que se esperava, mas foi objetivo, fazendo três gols e perdendo outros dois. Uma bola o Teco tirou quase de dentro do gol. Nem ele acreditou.
Agora, no jogo de volta (se tudo der certo, estarei lá), o Grêmio terá que jogar a ‘Partida Perfeita’. Mais do que foi contra o São Paulo ou o Santos. Precisará fazer gols (muitos gols), e o tal de Tuta vai ter que mostrar pra que veio, pois ele já perdeu gols demais este ano. Depois de ganhar a Libertadores, ele terá tempo suficiente para mascar chiclete e brincar de açucareiro. Agora é hora de ‘botar pra dentro’
A torcida fará a sua parte, certamente. Os jogadores vão se doar, como sempre. A arbitragem será isenta e correta, pelo menos desta vez. E, se tudo der certo, se saturno estiver alinhado com a Lua, se o Boca vier festejando a vitória, se o Tuta achar a bola, se ‘las brujas’ estiverem soltas, se a imortalidade tricolor nos abençoar mais uma vez, ‘o Grêmio ‘vai sair campeão’.
Duvide disso quem quiser. Eu acredito. Sempre.

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segunda-feira, dezembro 04, 2006

Grêmio Copero

Livremente inspirado no blog Linha Burra. Lavoisier já nos ensinava, no séc. XVIII que nada se cria, tudo se transforma.

Desde sempre afirmo que o Grêmio é um time copeiro, ou no linguajar gremista, copero. Muitas pessoas já tentaram me convencer de que todo time é copeiro, pois todo time disputa copas. Só que copero é um pouco mais que isso. Ser copero não é só participar de campeonatos, mas lutar por eles, estar sempre inconformado com a não-vitória e fazer dos ‘trapos’, coração para sagrar-se campeão. É não aceitar a derrota, mesmo que inevitável, e se ela vier, vendê-la bem caro, abaixo de muita luta e suor.

Como eu digo sempre antes de um jogo decisivo, se Deus estiver a favor do Glorioso Tricolor, que nos dê uma boa vitória; agora, se estiver contra nós, Ele que se prepare pra uma peleia danada.

Claro que o Grêmio já perdeu jogos fáceis. Se não fosse assim, não teria caído para a segundona duas vezes. Mas copero é assim mesmo. Por conhecer tão bem o céu e o inferno é que valoriza tanto a vitória. O Eduardo Peninha Bueno, em seu livro ‘Nada Pode Ser Maior’ sugeriu que o Grêmio ganhasse o título da segunda divisão e se negasse a subir pois, segundo ele, é lá que se joga futebol de verdade.

Agora vejam esse comentário após o jogo do Estudientes, contra o Sporting Cristal, pela Libertadores 2006, na virada do time argentino por 4x3. Ele foi publicado na página Pincha Pasion. Detalhe: o Sporting Cristal saiu ganhando por 3x0.
“O time peruano cada vez mais recuado, não chegava a área do Estudientes e só pensava em segurar a diferença, que nesse momento era de apenas um gol, e como não podia deixar de ser, chegou com o empurrão de todos: dentro da ‘fumaceira’, desviando em um peruano e o ‘tanque’ Pavone mandou a bola para o fundo da rede. Nesse momento muita gente se lembrou da façanha de 83 diante do Grêmio e vieram muitas recordações de noites coperas.”

Recordações de noites copeiras: sei bem o que é isso.

Dia desses eu estava em um loja folhando alguns livros, enquanto a patroa fazia compras, e me deparei com o Dicionário Popular de Futebol, o ABC das Arquibancadas, de Leonam Penna. É uma espécie de enciclopédia, com palavras e expressões futebolísticas. Não me contive e fui direto ver como os cariocas definem copeiro.
"Copeiro - Time que está sempre decidindo o título de copas. No brasil GRÊMIO e Cruzeiro têm famas de times copeiros."

O vídeo abaixo é uma mostra do que é ser copero, e uma homenagem à volta do ‘Grêmio Copero’ à Libertadores.

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